terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Heinkel He 115




O Heinkel He 115, foi um hidroavião de guerra comum, grande, resistente e, no início da sua carreira, era bastante rápido e manobrável, comparado com os outros aparelhos da sua época. A encomenda do He 115 deu-se em Julho de 1935, sendo os primeiros protótipos entregues três anos depois. O primeiro protótipo de série, o Heinkel He 115 V-1 fez o seu voo em Agosto de 1937. A sua fuselagem aerodinâmica foi construída em metal. Nas asas, foram comportados dois motores BMW 132K de 715 KW de potência. A tripulação era constituída por o piloto, que ficava numa posição superior às asas, o rádio operador que ficava atrás, o qual manejava uma metralhadora MG 15, e um artilheiro que ficava na parte da frente da aeronave, onde manejava uma MG 15. O Heinkel He 115 V-1, também podia levar um torpedo de 800 Kg ou três bombas SC250 de 1250Kg. Outros dois modelos foram construídos, o He 115 V-2 e o He 115 V-3. O modelo V-3 foi o escolhido pela Luftwaffe como matriz para a linha de produção, pois apresentava melhorias significativas. Em 1938, a Heinkel recebeu dois contratos estrangeiros para a venda do hidroavião. Seis foram encomendados pela Noruega e outros doze pela Suécia, todos eles construídos sobre a matriz do Heinkel He 115 A-1. Em Julho de 1940, entrou em produção o He 115 B-1. Este modelo apresentava diversas modificações, podendo comportar duas bombas de 500 Kg, minas marítimas LMA III, ou um LMB III de 920Kg. Os últimos exemplares da série B, um total de 18 aviões, foram instalados esquis para operações na neve. A versão C, do Heinkel He 115 , a única alteração significativa teve a ver com o reforço do armamento. O He 115 C-2 tinha esquis para operações no Árctico, o C-3, tinha lançadores de minas, e a versão C-4, era torpedeiro. Durante o período da guerra, eles foram sofrendo diversas modificações, melhor armamento, o que em termos operacionais fazia dele um excelente avião. A produção foi encerrada em meados de 1944, num ano em que a superioridade aérea aliada era muito mais forte, o que para o He 115 o seu uso era dispensável.



Fonte das fotos: www.luftarchiv.de

Modelo
Heinkel He 115
Marca: Matchbox Escala: 1/72 Material: plástico


Este modelo da marca Matchbox, já tem uns bons anos em cima. São moldes de 1973. Esta marca apresenta um plástico grosso, com diversas cores de plástico, algo muito característico desta marca. Os moldes não são nada maus. O interior é muito pobre. A construção é fácil.



Construção

Começamos a nossa construção, pelo cockpit. Bem, ele é muito pobre a nível de pormenor, e ausência de certas peças que podiam valorizar um pouco mais este modelo. Nesse sentido tive que fazer algumas partes. Fez-se a zona do artilheiro e os comandos, a zona do rádio operador, os comandos do piloto, e os respectivos cintos da tripulação. Após esta fase, podemos fechar as duas partes da fuselagem.
Colei as duas partes das asas e de seguida à fuselagem. Depois foi os lemes de profundidade. Os flutuadores vieram a seguir...ter atenção antes de os colar, pois devemos experimentar a posição deles antes de colar. As últimas peças vieram de seguida, as escadas de acesso, algumas antenas, e os motores, que foram pintados antes de colar.



Os vidros

Antes de colar todos os vidros ao nosso modelo, tive que utilizar a fita da Tamiya para tapar as zonas que não levam pintura, protegendo essa zona. Depois de ter feito esse processo, colei-os ao modelo, dando por terminada a construção, e assim procedermos à fase de pintura.




Pintura do interior e dos motores

Para a pintura do interior, utilizei como base, o XF 53 da Tamiya (Neutral Grey), os assentos da tripulação foi com o H116 da Humbrol (Matt US Dark Green), e os cintos com H118 da Humbrol (US Tan). Os comandos foram pintados com o XF 1 da Tamiya (Flat Black), como os motores, que no final com a técnica do pincel seco utilizei o XF 16 da Tamiya (Flat Aluminium).








Pintura da camuflagem

Antes de pintar a camuflagem, pintei todo o avião com o XF 16 da Tamiya (Flat Aluminium), servindo de côr primária, para no final, proceder ao desgaste que quero aplicar.
De seguida pintei a parte inferior com o XF 23 da Tamiya (Light Blue). Antes de proceder à pintura superior da fuselagem e asas, mascarei o que tinha pintado, com fita da Tamiya. Logo após esta operação, pintei toda a parte superior com o XF 62 da Tamiya (Olive Drab), o que depois de seco, mascarei as zonas que me indicavam para pintar com o XF 61 da Tamiya (Dark Green).







Este esquema de pintura utilizava um pormenor, que tinha a ver com o local em que operava, que era a Noruega. Em cima da pintura base, aplicavam em certas zonas, branco, para se integrar com o terreno. Foi o que fiz de seguida, mascarei o que não interessava, e depois apliquei o XF 2 da Tamiya (Flat White), dando um aspecto bastante bonito ao modelo.
Depois da pintura seca, apliquei os decalques, e de seguida, envernizei-o.









Desgastes finais

Para o desgaste, utilizei algumas técnicas, entre elas a do pincel seco, que consiste em molhar o pincel com a tinta desejada, limpar num papel, e depois na zona que queres aplicar esta técnica, vais com o pincel ao círculos realçar essas mesmas zonas.



A outra técnica utilizada, foi o uso de óleos diluídos em White Spirit, que fiz em certas zonas que visualizei em documentação, fazendo desgaste e sujidade (ailerons, lemes, zona do cockpit, flutuadores, hélices.
Depois desta operação, antes de finalizar, com o bico do X-acto, fui fazer muito ao de leve uns descascados, tanto na zona do cockpit, bordos de ataque, hélices, flutuadores e outras zonas, realçando o Flat Aluminium.
Após estas técnicas, dei por terminado o modelo.





sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Spitfire em Portugal



A Aeronáutica Militar e, a partir de 1952, a Força Aérea Portuguesa, puderam contar com um total 112 aviões deste tipo ao seu serviço, embora com várias versões, designadamente, MK Ia, MK Vb, MK Vc e MK VbLF - esta última versão apresentava a particularidade de ter as pontas das asas cortadas.
O primeiro Spitfire a chegar a Portugal aconteceu a 21 de Novembro de 1942 e o último em 30 de Janeiro de 1948, sendo que, ao longo deste período se identificam três remessas distintas:

- A primeira remessa (21 de Novembro de 1942 a 7 de Outubro de 1943), foi enviada em navios cargueiros e posteriormente montados nas OGMA, sendo constituída por 18 aviões da versão MK Ia (com a numeração de 370 a 387) que formaram a Esquadrilha XZ na Base Aérea 3 (BA3), de Tancos. Estes aviões acusaram alguns problemas de aquecimento dos motores;

- A segunda remessa (19 de Outubro de 1943 a 17 de Fevereiro de 1944) era constituída por 34 aviões das versões MK Vb, MK Vc e MK VbLF que foram previamente submetidos a revisão e adaptação para o clima do sul da Europa. Estes foram transportados, também, em navios cargueiros, sendo posteriormente montados nas OGMA e formaram as Esquadrilhas RL e MR na Base Aérea 2 (BA2), da Ota, apresentando, respectivamente, as numerações 1 a 15 e 16 a 34;

- A última remessa (9 de Abril de 1947 a 30 de Janeiro de 1948) foi a mais numerosa devido ao facto da guerra já ter terminado e haver mais disponibilidade da parte britânica. Foi constituída por 60 aviões das versões MK VbF e MK VbLF, e chegaram a Portugal por voo, equiparam as Esquadrilhas RL, MR e formaram a Esquadrilha ZE na Base Aérea 2, da Ota.




Em 18 de Julho de 1944 todas as Esquadrilhas ficaram reunidas na BA2 no designado Grupo de Esquadrilhas de Aviação de Caça, uma força criada pelo Governo Português para lidar com situações decorrentes da 2.ª Guerra Mundial.

O phase out destes aviões, teve início em 1948 com a extinção da Esquadrilha XZ. Mais tarde, o último Spitfire ao serviço foi transferido para a Base Aérea 1, de Sintra, onde em 1 de Março de 1955 o derradeiro voo oficial teve lugar.

Relativamente à pintura, salvo raras exceções, os Spitfire mantiveram a camuflagem diurna usada pela RAF, com as superfícies superiores em cinzento e verde-escuro e as superfícies inferiores em cinzento claro ou azul celeste.
Quanto a marcas, os Spitfire ostentavam em ambos os lados das asas a Cruz de Cristo sobre círculo branco e, em ambos os lados da fuselagem, a Cruz de Cristo sem círculo, sendo ladeada pelas duas letras representando a Esquadrilha (sempre do lado da cabina) e pela letra designativa da sua ordem dentro da mesma (no lado oposto), a branco. A aeronave era identificada por números, também brancos, mas de tamanho mais reduzido, num plano inferior, perto da cauda.




Para um conhecimento mais profundo sobre esta matéria, sugere-se a consulta das monografias “Aeronaves Militares Portuguesas no Século XX”, de Adelino Cardoso e “Os Aviões da Cruz de Cristo”, de Mário Canongia Lopes e José Manuel Rodrigues da Costa, assim como da bibliografia que lhes serviu de suporte.

Meu modelo: Supermarine Spitfire LF MkVb - 3.ª Esquadrilha, 1948
Escala: 1/48 Marca: Hasegawa


Fonte:
Agradecimento ao SDFA/ AH - Serviço de Documentação da Força Aérea / Arquivo Histórico, pelo envio do resumo histórico e pelo disponibilização das fotos

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Short Sunderland Mk III


História
O projecto para a construção do Short Sunderland foi iniciado no final de 1934. Sob a designação de S.25, o primeiro protótipo realizou o seu primeiro voo em 16 de Outubro de 1937. Meses depois começaram a operar os aviões da versão Short Sunderland Mk I. Estes equiparam três esquadras do Comando Costeiro da Royal Air Force (RAF).

No final de 1941, já durante a WWII, entraram ao serviço os aviões da segunda versão de produção, os Short Sunderland Mk II, e no ano seguinte, em Junho, apareceram os Mk III. Estas versões apresentaram-se com motores mais potentes e com capacidade de combate melhorada em relação à versão anterior.

A última versão foi o Mk V, cujo o seu primeiro voo ocorreu em Agosto de 1943. Esta versão, apresentava capacidades operacionais muito melhoradas.
Os Short Sunderland foram produzidos até 1945, totalizando 741 aeronaves. Eram tecnicamente designados por aviões de reconhecimento marítimo, luta anti-submarina e escolta de comboios marítimos.
Durante a WWII, operaram em todos os teatros de operações. Estas excelentes aeronaves estiveram ao serviço da RAF, até 1959.



Modelo
Short Sunderland Mk III
Marca: Airfix Escala: 1/72 Material: plástico


Sendo uma das únicas marcas, a esta escala, a comercializar este modelo, a Airfix já nos delicia com a “qualidade” apresentada. É um modelo com plástico grosso, sofrendo de “rebitide aguda”. As zonas de encaixe apresentam diversos buracos o que têm de levar alguma massa de enchimento. O interior é muito pobre, o que o modelista mais experiente, tem um certo trabalho pela frente, se quiser uma realização final mais apresentável.A lixa e a massa são essenciais neste modelo.
Os vidros não possuem as frames, o que, com um pouco de paciência e fita da tamiya, podemos realizar um excelente trabalho.







Pintura

Começamos por dar uma cor base ao modelo. Neste caso dei com o XF16 da tamiya (Flat Aluminium), visto que este avião era todo ele construído em alumínio. Após a secagem desta base fui com o XF1(Flat black), passar sobre as junções dos painéis, para desta forma dar um certo relevo após a pintura do camuflado. Antes de começar a pintura final do camuflado, fui com o Maskol, dar nas zonas em que o avião mais se desgasta, isto para fazer o envelhecimento final.
O camuflado escolhido foi o standarizado da RAF, XF61 (dark green) e XF24 (dark grey) para as partes superiores da aeronave, e o XF2 (Flat white) para as partes inferiores da fuselagem e das asas. Após a colocação dos decalques dei com o future em todo o avião, e depois disso passei ao envelhecimento.




Envelhecimento

Após a pintura do nosso Sunder, vamos retirar o Maskol para aparecer o alumínio base do avião. É uma técnica muito fácil, experimentem!!!! De seguida vamos utilizar os óleos para dar-mos uma sujidade e desgaste em certas zonas do avião.

Decalques

Os decalques utilizados, foram os que vinham no modelo, pertenciam ao Grupo 15, Esquadrão 423 RAF (RCAF), e eram baseados em Lough Erne (Castle Archdale) na Irlanda do Norte, durante a WWII.
Os decalques foram postos antes do envelhecimento e das sujidades, pois temos que dar uma certa uniformidade ao modelo.




Cenário

Na confecção do cenário, mandei fazer uma base em madeira escura com 30cm de lado. Depois arranjei uma placa de poliestireno para fazer a zona da muralha e rampa. Para a placa da pista e para a confecção das ripas, utilizei balsa. A água foi feita com massa das pronto e cola branca.





Acessórios

O tractor que utilizei foi o que vinha juntamente com o Short Stirling da Airfix. Utilizei as figuras da marca Preiser. O resto do acessórios, foi algumas sobras que tinha de outros modelos.









Bibliografia.

Warpaint Series n. º 25 Short Sunderland – Tony Butler – Hall Park Books
Wing Masters n. º 1 November-December 1997 – Histoire & Collections
Coastal Command in action 1939-1945 – Roy Conyers Nesbit – Budding Books


Fotos

www.wwiivehicles.com / www.seawings.co.uk

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Supermarine Spitfire Mk Vc - RAAF, Sqd 79



Olá meus amigos, mais um Spitfire na minha colecção. Desta feita um Mk Vc, da Royal Australian Air Force, esquadrão 79, que combateu durante a 2.ª Guerra Mundial, no Pacifico.



Fonte das fotos: www.spitfireassociation.com.au / www.britmodeller.com

É um modelo da marca Airfix, escala 1/72.